terça-feira, 29 de abril de 2014

TOP 10: Jogos legais do Nintendinho

Em posts anteriores sobre games, falei sobre os embaçados pra salvar e os mais legais do SNES (pelo menos pra mim). Continuando então com a velharia, vamos agora de Nintendinho. Foi onde comecei minha exclusão social e onde gasto meus poucos reais quando acho algum deles por aí e ainda tenho algum troco.
Nintendinho ou Nintendão?
Como todos sabemos, listas são feitas pra gerar discussão. Se pra você algum jogo daqui for medíocre, é porque eu era (ainda sou, vai) um jogador medíocre. Lógico que jogos infinitamente melhores não estão aqui. Mas que se dane, nunca fui fã de Zelda...

10º lugar: TIGER HELI
Meu primeiro videogame foi um Hi-Top Game. Nele veio um jogo de vôlei de praia que nem lembro o nome. Alugar fitas era o jeito de jogar coisas novas, até porque era difícil achar alguém que também tivesse um console. Numa dessas caçadas, achei Tiger Heli. Com o tal helicóptero, você vai destruindo inimigos como tanques e canhões. Comecinho baba, até que começam a aparecer uns tanques enormes que não “morriam” nem a pau. Não chega a ser difícil e sempre me fazia jogar de novo, mesmo com o final que não chegava nunca. Simplesinho, ótima trilha sonora e sempre mais um repeteco.

9º lugar: MIKE TYSON’S PUNCH OUT
Já cheguei a falar do Super Punch Out, do SNES. Esse aqui é a versão anterior. Com jogabilidade e histórias parecidas, nesse a gente “é” o lutador Mack, com o sonho de se tornar o grande campeão e blá-blá-blá. Os rivais também eram aqueles dos mais variados estilos e o jogo ficava cada vez mais difícil até que, se você fosse macho o suficiente, chegava ao último desafio. Nada mais do que MIKE TYSON. Pegar a manha dele era pra poucos. Pra muitos, era apenas cair com um soco só e chorar de raiva.

8º lugar: FRIDAY THE 13th
Jason já havia aparecido em um jogo do Atari. No Nintendinho voltou a dar as caras. Ou melhor, a máscara. Você tem 6 personagens pra escolher, várias armas e itens secretos pra perambular por lugares sinistros com a missão de matar o vilão. O problema é que é só isso pra fazer (nem dá pra fazer as famosas cópulas pré-nupciais) e muitas vezes não é preciso andar muito pelo acampamento pra achar itens que o ajudarão, já que muitos aparecem do nada. Se você conseguir logo uma arma forte (tocha ou tridente) nem precisa procurar mais nada, é só esperar o mascarado aparecer e partir pra cima. Não é aquele jogo supimpa, mas vale pela curiosidade e o medo que dava naquela época. E tem o Jason, caramba...

7º lugar: NINJA GAIDEN II
Ninja Gaiden II só fica em 7º porque já falei dele antes, como uma das velharias mais difíceis de salvar. Uma fase em especial é uma em que a tela fica escura e é preciso esperar um relâmpago iluminar a tela pra você poder ver as plataformas. Como é uma tempestade, o vento fica te empurrando pra trás. Facinho, né? Perfeito jogo que foi feito pra nos fazer sofrer. Mas e daí, sempre foi e sempre será “duca” ser um ninja.

6º lugar: BATTLETOADS
Mais um que só está nessa posição pelo mesmo motivo de Ninja Gaiden. E mais um Beat’em Up. Não sabe o que é isso? Os famosos jogos “vai-andando-pra-frente-e-socando-tudo-que-se-mexer”. A grande diferença de Battletoads foi a variedade de desafios: ao invés de só socar e chutar, tinha também alpinismo e corrida. Tem animações impressionantes pra época, boa diversão e a música não é ruim. Ruim é a mesma conversa que surge ao falar dele: jet-skis, dificuldade absurda e joysticks a menos em casa.

5º lugar: B-WINGS
B-Wings é um shooter (jogo de navinha) vertical. Temos 30 telas pra detonar naves inimigas, instalações e enormes fortalezas blindadas. Nossa navinha pode acoplar asas com diferentes tipos de disparos - algumas têm um alcance maior do que outras, algumas têm uma direção diferente e por aí vai. O que chama a atenção nesse jogo é a feiura dos gráficos, com cores berrantes que parecem que vão causar convulsão se você ficar olhando sem piscar por muito tempo. Mas é compensada pela diversão garantida, jogabilidade fácil e a trilha sonora que gruda na cabeça depois de algum tempo. No meu caso, mais de 20 anos...

4º lugar: ROAD FIGHTER
Controlar um carro vermelho que chega a 400 km/h e que você não usa espelho pra se pentear. Motivo justo pra Road Fighter estar por aqui. É um jogo com cara de simples, mas que requer concentração e agilidade, já que tudo pode te lascar. Carros, caminhões, poças de óleo, de água, tudo quanto é porcaria puseram no jogo pra azucrinar a gente. O objetivo é chegar ao final da pista antes que o tempo ou a gasolina acabem. Aparecem uns carrinhos especiais que te dão combustível extra, quase sempre em locais que você com certeza vai se estrepar. Mais um pra lista “simplicidade é tudo”.

3º lugar: TEENAGE MUTANT NINJA TURTLES II - THE ARCADE GAME
A sensacional versão pra arcades das Tartarugas tinha uma máquina incrível, com 4 controles. Era demais poder reunir três brothers pra jogar. Quando saiu pra jogar em casa, o segundo jogo dos quelônios lutadores não decepcionou. 
O jogo era uma porradaria doida, tinha fases como o prédio pegando fogo, as ruas, os esgotos... Claro que há diferenças óbvias pra versão arcade, como cores e menos detalhes, mas mesmo assim a versão caseira manda bem.
As Tartarugas da versão do NES não tinham diferença de força como na máquina, mas nada que estragasse a diversão de jogar em casa aquele game que enchia os olhos nas casas de fliperama.

2º lugar: FELIX THE CAT
Uma vez um amigo me mostrou esse jogo, falando muito bem dele e tal. Ele é mais tarimbado que eu em games, mas meio que torci o nariz quando vi pela primeira vez. Mas quando você começa a jogar, ele se mostra mais um jogo que parece bobo e te faz parecer um babaca por não salvar logo. É um game básico de plataforma, onde você só tem que pular e atacar.
Além disso, Felix pode se transformar em várias coisas enquanto coleta símbolos com seu rosto pelas telas. As transformações mudam de mundo pra mundo e trazem novas formas de jogar, como mais força, agilidade, etc... Aí tá a graça do jogo: pegue o maior número de símbolos do Felix e se transforme em diversas coisas durante as fases. Felix é um jogo bem legal, não devendo nada pra outros do mesmo tipo. Movimentação bacana, gráficos bem definidos, musiquinha boa e telas bem variadas. Mais uma pérola que você não esperava nessa lista.

1° lugar: SUPER MARIO BROS 3 
Se tinha alguém reclamando dos jogos podres da lista, quero ver reclamarem agora hehehe. Super Mario Bros 3 é um dos maiores jogos de aventura já feitos, sem dúvida nenhuma o melhor do Nintendinho. SMB 2 praticamente não existiu. Nos EUA, era uma adaptação de Yume Kojo Doki Doki Panic; no Japão era como o primeiro SMB, só que muito mais difícil.
SMB 3 voltou às origens com melhorias muito boas. Mario tinha várias “roupas”, era possível voar, achar outros caminhos e sair da mesmice de jogos “em linha reta”. Apareceram ameaças novas, como correntes de fogo e aquelas bolas de ferro que mordiam. Dava (e ainda dá) vontade de jogar todas as telas, mostradas num inédito mapa. O maior perigo eram os também estreantes filhotes do Bowser. Pra se ter uma idéia, foi o maior sucesso de vendas de um jogo de console não-portátil (17,28 milhões de cópias). Nunca foi e provavelmente nunca será superada essa marca, mesmo com os atuais polígonos e CGs quase reais.

Taí, mais uma lista sem muitos jogos até melhores, mas estes também são muito legais e valem uma conferida. Então, se você ainda tem saco pra jogar NES, abandone os Castlevanias, Contras e Zeldas da vida e joga um desconhecido pra variar. See ya later...

sábado, 26 de abril de 2014

PUTZ, PODES CRER! - ISAAC BARDAVID

Falaí, entrincheirados. Uma coisa que eu sempre quis ser (e ainda quero quando a preguiça deixar) é dublador. Sempre comento que a dublagem brasileira é a melhor do mundo, apesar de sempre ouvir gente “que prefere assistir com legendas”. É fato que tem aquelas dublagens de fundo de quintal, como nas versões de locadoras na época das fitas de vídeo (ah, tá bom que você nunca alugou uma!) ou naqueles DVD’s de banca de jornal (detesto o filme do Flash Gordon dos anos 80 por causa disso).

Mas duvido que não tenha um desses "que-só-assiste-com-legenda" que não estranhe quando ouve o ator com uma voz diferente da que se acostumou com uma dublagem bem-feita. Com esse novo tópico, vou procurar homenagear os donos e donas de vozes que marcaram minha infância (e a de vocês também, admitam). Pra começar, Isaac Bardavid. Quem???? Pois é, você não deve conhecer nem o nome nem a cara dele, mas a voz...continua a mesma. Já os cabelos...
Mas quem é esse tiozinho? Calmaí, cuidado, porque assim como um dos personagens que ele eternizou por aqui, ele também é pavio curto, fala o que der na telha e, segundo ele mesmo, até de bom-humor é ranzinza. Nascido e criado em Niterói, Isaac nasceu em 1931. Na TV seu papel mais famoso é o do feitor Francisco em “Escrava Isaura”, em 1976, mas também fez pontas em “Os Trapalhões”, além de muitas novelas. Mas como o assunto aqui é dublagem, vamos lá.

O vozeirão de Isaac acaba levando seu trabalho pra personagens com temperamento forte. Então, não é difícil vê-lo interpretando vilões ou figuras rudes. Em séries ou desenhos animados, ele “foi”, entre muitos outros:

Robert Baratheon, em Game of Thrones
"Não quero honrá-lo. Quero que comande meu reino, enquanto eu como, bebo e vadio até morrer"

Wolverine, no desenho X-Men (seu papel favorito)
"Eu sou o melhor no que faço, mas o que faço melhor não é nada agradável"

O carro K.I.T.T., em A Super Máquina
"Estou indo, Michael"

Esqueleto, em He-Man
"IDIOTA"

Capitão Haddock, em As Aventuras de Tintim
"Malditos Fariseus"

Tigrão, em As Novas Aventuras do Ursinho Puff
"O maravilhoso sobre Tigrões é que eu sou o único"

Filoctetes, em Hércules
Phil, para os íntimos.


Já em relação aos filmes, nos lembramos dele como:

Freddy Krueger, em A Hora do Pesadelo
Um, dois... feijão com arroz.

Horácio Slughorn, em Harry Potter
"Eu e o 3 vassouras temos uma história antiga. Mais antiga do que eu gostaria de admitir"

Wolverine, em X-Men
Um, dois... ops, personagem errado.

Tio Fester, em A Família Addams
"Meu nome não era Chico??"

Jor-El, em Super-Homem
"Já disse antes e digo de novo: Um homem que não se dedica
à família nunca será um homem de verdade"

R.K. Maroon, em Uma Cilada para Roger Rabbit
"Rapaz, a mulher daquele coelho é gostosa, né não?"

Obi-Wan Kenobi, em Guerra nas Estrelas
"Use a Força, Luke"

Odin, em Thor
"MAS VOCÊ NÃO É REI. Ainda não"

Sheik Ilderim, em Ben Hur
"Um Deus, eu posso entender; mas uma esposa? Isso não é civilizado."

Bela Lugosi, em Ed Wood (o meu preferido)
"Puxe a corda...puxe a corda"

Padre Merrin, em O Exorcista
"O poder de Cristo te obriga"

Eduard Delacroix, em À Espera de um Milagre
"Ele é um rato de circo"

Lógico que isso é só uma pequena amostra do grande trabalho desse grande artista, mas tenho certeza de que pelo menos quatro ou cinco dublagens dele fizeram você pensar: “Putz, podes crer!”.

Toma cuidado, hein Jairo.

Isso mostra o quanto devemos valorizar esse trampo difícil, mal-pago, mas que todo mundo (pelo menos, eu) ama pra caramba. See ya later...

sexta-feira, 25 de abril de 2014

A HISTÓRIA DOS SUPER SENTAI - PARTE 4

OS JAPAS INVADEM O BRASIL

Voltando a falar de Super Sentai, entrincheirados. O assunto agora é bem conhecido pela maioria: as séries que chegaram aqui nos anos 80. Sem embaçar muito, vamos logo à primeira e melhor de todas (sou totalmente imparcial, viu? cof, cof, cof).

CHANGEMAN
Phoenix, Pegasus, Dragon, Griphon e Mermaid.
O Brasil foi apresentado às séries Sentais em 1988, com a chegada de Changeman. Sucesso absurdo junto com Jaspion, foi responsável pela volta do gosto brasileiro por séries nipônicas, ausente desde a família Ultra e National Kid. Dengeki Sentai (Esquadrão Elétrico) Changeman, traduzido e lançado no Brasil como Esquadrão Relâmpago Changeman, foi exibido em 1985 no Japão, contando com 55 episódios e 2 especiais de cinema. Aqui no Brasil, estreou pela extinta TV Manchete em 1988. Perto das séries anteriores e posteriores, Changeman tem uma produção capenga. Não se sabe o porquê dessa queda de qualidade, com muitas cenas usando recortes dos atores pra simular vôo ou queda, mas essa mesma tosqueira é diminuída por causa da ótima trilha sonora e as lutas de alto nível. 
Change Robô. Melhor que ele, só o Daileon.
 O tema espacial continuou em Changeman, mostrando os Defensores da Terra, grupo de proteção da Terra chefiado pelo sargento Ibuki. O comandante Giluke, encarregado da nave Gozma, invade a Terra com seu grupo de vilões: o pirata espacial Buba, a assistente Shima (sim, era aquela mulher que tinha voz de homem), o alienígena Gaata e o memorável Gyodai. Durante esse primeiro ataque, das profundezas do planeta emana a chamada “força terrena”, que se manifesta quando a humanidade se encontra em perigo. Ela banha 5 integrantes dos Defensores da Terra e cria o Esquadrão Relâmpago. A série foi a primeira a usar uma arma de fogo pra matar o monstro, nesse caso a Power Bazuca: Change Dragon grita “Poderosa Bazuca”, eles combinam as 5 peças e, quando montada, todos falam “Power Bazuca”. Mas que seja… Destroem o monstro e surge, então, a outra inovação da série: Gyodai, o bicho que só fala o próprio nome e lança um raio que torna o monstro derrotado em gigante. Era a primeira vez que tal artifício era usado pra dar a desculpa pros heróis usarem seu robozão.
Gyodai, Buba, Giluke, Shima e Gaata
Os episódios de Changeman acabam tendo seu foco centrado em algum dos 5 integrantes, que sempre giram em torno de superação, amizade, paixões. Muitos episódios são inúteis pro enredo da série, mas temos alguns que se destacam. Um dos melhores é “A Fuga de Gyodai”. Ele resolve fugir da base de Gozma e causa muita confusão na Terra. Ao decorrer do capítulo, Tsurugi percebe que o alienígena se sente triste por não ter amigos de sua espécie, então todos os 5 se disfarçam de Gyodais pra recuperarem um míssil que ele havia engolido e poderia explodir. Hilário e tocante, além do fato de mostrar algo como os vilões dormindo na nave enquanto não atacam, algo que às vezes no universo de heróis e vilões passa despercebido.
Gyodai festeja com os "novos amigos"
Outro memorável é “A Morte de Buba”, onde o pirata trava um duelo dramático com Change Dragon, no qual acaba gravemente ferido e morre logo depois. A cena de sua morte é considerada por muitos uma pérola clássica dos seriados Super Sentai. 
Cena copiada inúmeras vezes. Mandou bem, Buba...quer dizer, Dragon.
Changeman é um seriado em que os vilões principais na verdade também eram vítimas do senhor Bazoo e acabaram entrando nessa luta pra sobreviverem e, no momento que tiveram a oportunidade de mudar isso, aproveitaram. O legal é que, mesmo com aqueles cenários descarados de estúdio, locações repetidas para as batalhas (a famosa pedreira da Toei, presente em 342% das séries japonesas), os defeitos especiais, tinha um roteiro divertido. Deixou saudades e marcas visíveis até hoje. VAMOS, CHANGE!!! 

FLASHMAN
“Um dia, cinco crianças foram raptadas da Terra e levadas aos confins do Universo. E após 20 anos... Comando Estelar Flashman”. Era assim que começava Choushinsei (Supernova) Flashman, produzido em 1986. Segunda série Super Sentai a ser exibida no Brasil, aqui foi lançada como Comando Estelar Flashman em 1989. Ao todo, possui 50 episódios e 2 especiais de cinema. Lembro perfeitamente quando um colega de escola veio com o comentário: “É uma mistura de Changeman com Jaspion!”. Mas apesar do exagero da comparação, vibrei com a curiosidade de ver se eram mesmo melhores que os Changeman (afinal, era só o segundo seriado do gênero a passar por aqui, era novidade).
Go, Lu, Jin, Gostos...digo, Sara e Dan
Os cinco integrantes desta série foram raptados quando crianças, crescendo nos satélites do planeta Flash, cada um desenvolvendo diferentes habilidades. Sabendo que o Imperador Mess está prestes a invadir a Terra, os cinco guerreiros retornam ao planeta pela primeira vez após o rapto, dispostos a se vingarem e a defender sua Terra natal. Ao chegarem à Terra os heróis ficam encantados com o mundo novo que descobrem, agindo feito crianças a cada descoberta, querendo aproveitar a infância que não tiveram e partindo em busca de seus pais. Ao contrário dos Changeman, que por serem militares contavam com um exército de apoio e companheiros humanos, os Flashman tinham apenas a robô Mag como companhia. Flashman foi o primeiro sentai a ter o lado sentimental como princípio. Afinal, eram órfãos que só tinham uns aos outros (oowwnnnn).
Matando monstros com estilo.
Os Flashman tinham a Cosmic Vulcan, arma formada pelas bazucas de cada um, todas elas iguais, enormes e que eles guardavam Deus sabe onde. A rajada parece até um lindo arco íris, com a união das cores dos heróis girando em torno de si (mais fru-fru impossível). Gigante graças à ação de Medusan, o monstro enfrenta Flash King, o robozão principal. Ele chega a ser destruído, sendo substituído por Titan Jr. Mas Flash King retorna pra socorrer Titan Jr. alguns episódios depois. Acabou que os Flashman passaram a usar dois robôs de combate: se o monstro fosse ameaçador, Flash King era o escolhido da vez; se o monstro fosse cômico, Titan Jr. entrava em ação. Fora que eles ainda tinham o Gran Titan, um robô que de tão estranho nem se mexia, soltava um baita raio e acabava com o monstro numa paulada só.
Gran Titan, Titan Jr. e Flash King
Volta e meia aparecia o Dr. Tokimura na série, um cientista inventor da máquina do tempo que sonhava voltar 20 anos atrás, época em que teve um filho raptado por caçadores espaciais. Nesse tempo sua esposa e ele perderam a memória e não conseguiam se lembrar nem do sexo da criança (aff, só porque todo japonês é igual?). Depois a esposa do Dr. Tokimura se lembra de que a criança era uma menina. No penúltimo episódio, Sara (Yellow Flash) descobre ser ela essa criança (hoje em dia um simples exame de DNA resolveria tudo).
Ai, ai...
No time dos vilões, destaque pra gatíssima Néfer (a atriz Sayoko Hagiwara já tinha sido a Dyna Pink em Dynaman) e Wandar, que no início era meio trapalhão, mas depois vira o invencível Wandalo, cujo golpe apelão pra caramba é "Espada Demoníaca: Tempo congelado em 3 segundos". Enfim, as aventuras dos Flashman são consideradas mais adultas que as dos Changeman, mas eu não penso assim. Apenas teve um roteiro mais elaborado. Difícil dizer qual série supera a outra, embora eu tenha um carinho muito maior pelo Esquadrão Relâmpago Changeman. No fim das contas, pra quem acompanhou o primeiro “boom” de séries japonesas a invadir o Brasil, esta com certeza é uma das melhores.


MASKMAN
Pra completar a sequência no Brasil, veio Hikari Sentai (Esquadrão da Luz) Maskman, série de 1987. Lançada no Brasil em 1991 como Defensores da Luz Maskman, possui 51 episódios e 1 especial de cinema. Maskman corrigiu os erros de Changeman e Flashman com um enredo muito bom, sobre um povo que vive nos subterrâneos da Terra pacificamente ao lado de outras criaturas. Depois de desfazer a união das princesas Ian e Igan, o Rei Zehba sobe ao poder, agora querendo dominar a superfície. A princesa Ian foge pro nosso mundo e conhece Takeo (futuro Red Mask).
Mina Asami fez a Princesa Ian, a vilâ Igan (acima) e filme de mulé pelada
O primeiro episódio também se mostra bem diferente das séries anteriores, com os personagens aparecendo um a um, e o ar de que eles são os heróis, mas não mostram de cara do que são capazes. A cena inicial de Takeo disputando uma corrida e a sua amada Miho surgindo em sua frente pedindo socorro, se bem trabalhadas hoje em dia, daria um ótimo filme de aventura, com personagens bem moldados e uma história que poderia, sim, transformar um simples super sentai em algo mais próximo de Os Vingadores, menos caricato e mais verossímil.
A galera com Shaka de Virg...quer dizer, Chefe Sugata
Orientados pelo Chefe Sugata, Takeo e mais quatro amigos passam a lutar para preservar a luz e a liberdade. Com um tema zen-oriental, os guerreiros obtêm todos os seus poderes através da meditação, com a qual conseguem elevar a mente até gerar a Aura Mask. A série deu continuidade à inovação dos 2 robôs, sendo a primeira a ter um robô composto de 5 partes e uma segunda bazuca. 
Cada um com seu gesto pra despertar a Aura Mask
Alguns detalhes são realmente bastante apurados pra um sentai. Por exemplo, você já se perguntou como é possível que nessas séries a equipe surja do nada quando um monstro está à solta, e como eles saem tão rápido da base e chegam onde estão ocorrendo os ataques em questão de segundos? Em Maskman a base está interligada a uma espécie de ferrovia que fica no subsolo, com caminhos para pontos estratégicos da cidade, onde rodam pequenos trens-bala supervelozes. Isto explica porque os coloridinhos nunca se atrasam pra cumprir o dever. Em diversos episódios esses trens são mostrados e quebram um galho gigantesco quando os Maskman estão com a corda no pescoço. Maskman não teve o mesmo sucesso no Brasil que Changeman e Flashman, talvez pelo tema mais adulto ou aquela enjoada comum depois de 3 anos de reprises. Mas olhando pelo lado técnico, com certeza é a melhor entre os três.

No próximo post sobre as gangues japonesas que adoram socar monstros, vou falar sobre quatro séries "duca" que infelizmente nunca chegaram por aqui. See ya later...

terça-feira, 22 de abril de 2014

TOP 10: As mulheres mais malvadas do cinema


Falaí, entrincheirados! Um dos posts que mais fez sucesso aqui foi aquele sobre as gostosas dos games. Então bora falar de muié, ué! Mas muié de filme de terror hehehe. Já aviso aos onanistas de plantão que não é uma lista de gostosas (bom, depende do gosto de cada um), mas das representantes mais cruéis do sexo frágil.

10º lugar: JULIA COTTON
Filmes: Hellraiser I e II (1987 e 1988) - Atriz: Clare Higgins
Julia fazia jus à cara de ruim que tinha. Encarou o Pinhead em Hellraiser I e II, ameaçando a soberania do cenobita. No primeiro filme Julia era a esposa de Larry, mas no passado foi amante de seu irmão Frank. O infeliz dito-cujo tinha ido parar no inferno por causa do cubo mágico do mal, mas conseguiu escapar, todo detonado. Julia decide ajudá-lo matando outros caras, pois o sangue regenera Frank. Julia morre no filme, mas retorna do inferno no segundo filme muito mais linda, totalmente sem pele (ah, eu achei).

9º lugar: TRASH
Filme: A Volta dos Mortos-Vivos (1985) - Atriz: Linnea Quigley
Trash é a personagem mais memorável de A Volta Dos Mortos Vivos. Após sua turminha invadir um cemitério, ela resolve dançar toda nua. “Misteriosamente” suas roupas somem no restante do filme. Após ser atacada e devidamente zumbificada, ela ressurge pra mais uma sessão de nudez gratuita (ebaaa), mas agora para os necrófilos de plantão.

8º lugar: CARRIE WHITE
Filme: Carrie, a Estranha (1976) - Atriz: Sissy Spacek
Pobre Carrie. Era motivo da zuação de toda a escola, não tinha amigos e pra piorar sua mãe era uma católica fervorosa. Típica personagem de um dramalhão. Mas como esse é um filme de terror, junto com sua primeira menstruação vêm também poderes paranormais. Após ser humilhada no baile de formatura, levando um balde de sangue na cabeça, ela se vinga da escola inteira com seus novos poderes de X-Men. Nem o John Travolta ou o Super-Herói Americano escaparam. Sissy Spacek já tinha 27 anos quando fez o filme, mas convence demais como uma pobre-reprimida-mortífera garota de 17 anos. 

7º lugar: SRA. VERA COSGROVE
Filme: Fome Animal (1992) - Atriz: Elizabeth Moody
Lionel era um rapaz tímido que finalmente arruma uma namorada. O problema é que sua mamãe não queria ninguém perto do seu bebê. Numa das “espiadas” que faz do casal, ela é mordida por um rato-macaco da Sumatra. Lionel passa a cuidar da mamãe, que vai piorando nojentamente. Aliás, nojeira é o que não falta em Fome Animal. Deixando as melequeiras de lado por enquanto, a Sra. Vera, ao invés de virar um simples zumbi, fica gigantona. Tudo pra proteger seu precioso Lionel.

6º lugar: SADAKO YAMAMURA
Filme: O Chamado (1998) - Atriz: Rie Ino'o
Sadako era uma menina feliz (era nada) que tinha o poder de matar com a mente (queria um desses) quando estava zangada. Cansado (ou com medo?) dessa situação, seu adorável papai dá uma paulada na japinha, fazendo-a cair no famigerado poço do filme. Ela até que tentou sair de lá, mas morreu depois de muitas e muitas tentativas. Sua vingança chega através de uma fita de vídeo cheia de imagens surreais, matando o espectador em 7 dias. Só não me pergunte como ou porque ela aparece na fita.

5º lugar: A NOIVA DE FRANKENSTEIN
Filme: A Noiva de Frankenstein (1935) - Atriz: Elsa Lanchester
Ela não chega a ser malvada, mas é tão emblemática no cinema de horror que não podia ficar de fora. Como o Monstro do primeiro filme tava meio solitário, pediu ao bondoso Dr. Frankenstein que criasse uma companheira. Mas a nova criatura não vai com a cara do nosso amigo, dando o fora no pobre rapaz. Nós rapazes costumamos achar que qualquer garota que nos rejeite seja a verdadeira vilã. Com a Noiva não é diferente.

4º lugar: TIFFANY (A Noiva de Chucky)
Filmes: A Noiva de Chucky (1998) e O Filho de Chucky (2004) - Atriz: Jennifer Tilly
A melhor coisa que aconteceu com a franquia Brinquedo Assassino, depois de 2 filmes chatos de matar, foi acrescentar uma namorada na vida do baixinho de plástico. Depois de REcuperar, REmendar e REssuscitar seu querido Chucky, Tiffany é REcompensada com um banho de choque elétrico e transferida para uma adorável bonequinha. Afinal, Chucky não ia aguentar a Jennifer Tilly nem a pau. Ou nem a plástico. O charme dela dá uma suavizada no filme, já que tava na moda deixar os filmes de terror “engraçadinhos”. Mas que é sempre bom ver Jennifer Tilly nas telas, ah, isso é...

3º lugar: PAMELA VOORHEES
Filme: Sexta-Feira 13 (1980) - Atriz: Betsy Palmer
Ah, olha eu falando dela aqui de novo. Mas não tinha como: ela deu ao cinema um dos melhores (é sim e pronto!) personagens do terror. Mas isso nem existiria se Mamãe Voorhees não fosse a grande assassina do primeiro Sexta-Feira 13. Não vou esticar o assunto: confira aqui o outro post.

2º lugar: ANNIE WILKES
Filme: Louca Obsessão (1990) - Atriz: Kathy Bates
Ter um fã é sempre bom, certo? No caso do escritor Paul Sheldon, não. Após sofrer um acidente de carro, ele é socorrido pela enfermeira Annie, que diz ser sua maior fã. Como as estradas estão bloqueadas pela neve, ela o leva para sua isolada casa e cuida de sua saúde até poderem ir à cidade. Annie acaba descobrindo que sua personagem favorita vai morrer no novo livro de Paul. Aí a casa cai pra ele: ela queima os originais do novo livro e o tortura pra ele mudar o final. Xaropice que rendeu um Oscar de Atriz pra Kathy Bates. Pois é, tem gente que odeia mesmo spoilers.

1º lugar: REGAN MACNEIL
Filme: O Exorcista (1973) - Atriz: Linda Blair
Quando crianças inventam de fazer uma interpretação que preste no cinema, fazem isso de um jeito absurdamente real. Linda Blair, com 14 anos, fez um capeta tão convincente que gastou todo seu talento nesse filme. 
Oh yes, oh yeaaaaaaaahhhh.....
A doce garotinha recebe o Pazuzu e passa a dar um baita trampo pra mãe, proferindo mais palavrões que South Park e até usando um crucifixo pra fazer uma masturbação de virar a cabeça. A possessão de Regan (com os consagrados vômitos) perturbou e impressionou tanto que Linda Blair foi indicada ao Oscar de Atriz Coadjuvante e O Exorcista ao de melhor Filme. E tem gente que acha que era o tinhoso mesmo no filme...


Vamos ver se teremos vilãs tão boas quanto essas no futuro, pois é um saco as mulheres sempre aparecerem nos filmes de terror como presa fácil ou a última-sobrevivente-que-mata-o-vilão. Uma malvadona de vez em quando também é bom. Ou boa. Ou má. Ah, see ya later.