sexta-feira, 9 de maio de 2014

TOP TRIN: VERSÕES ALTERNATIVAS DO BATMAN

Nos anos 90 a série “Túnel do Tempo” (Elsewords) lançou diversos títulos, alguns muito bons, outros porcarias descartáveis. Batman foi o personagem com mais versões alternativas. Então bora dar uma olhada em alguns desses Batmen esquisitões.

10º lugar: BATMAN NAZISTA (CONTAGEM REGRESSIVA PARA A AVENTURA) 

Depois de ter mais de 70 anos, dá pra entender que é difícil criar novas histórias do Batman que sejam originais e emocionantes. Quer dizer... Situado em um universo alternativo onde os alemães ganharam a Segunda Guerra Mundial, este Batman é 100% vilão. Ele é um membro da JL-Axis, a versão nazista da LJA, criada por Hitler pra proteger a si mesmo e todo o Partido Nazista. Mas temos que questionar o quão comprometidos com a causa de Hitler eles estão, pois a maioria dos membros não é ariana, mas alienígenas. Aceitando outras raças porque lhe convém, mein Führer?


9º lugar: BATMAN DA MARVEL (IMAGINE BATMAN DE STAN LEE)
Stan Lee é o cara (um dos, pelo menos). Nos presenteou com a Marvel e bateu de frente com a DC. Então a própria Distinta Concorrência teve a ideia de chamá-lo pra uma série em que ele recontaria a origem dos grandes heróis dela no estilo Marvel. No caso do Batman, ele é Wayne Willians, filho de um policial que acaba preso injustamente. Na cadeia, aperfeiçoa o corpo e a mente e, após salvar o diretor em uma rebelião, é libertado. Pra se livrar da vingança do criminoso que o mandou pra cadeia, faz um uniforme inspirado num morcego que era seu mascote na prisão. Wayne torna-se milionário através da luta-livre (?), mas o final tem um gancho pra outras versões da DC que não saíram por aqui, deixando a história meio incompleta.


8º lugar: MORCEGO LANTERNA VERDE (IN THE DARKEST KNIGHT)
E se Abin Sur acabasse caindo com sua nave em Gotham? Isso é respondido nessa HQ de 1994, onde Bruce Wayne está refletindo sobre como meter medo nos criminosos. A nave cai fora da Mansão Wayne e Bruce é convocado e recebe o anel. Com o poder do Lanterna Verde, Wayne é capaz de impedir o Capuz Vermelho de cair no tonel de produtos químicos e tornar-se o Coringa. Ele não tem problemas pra varrer o crime da cidade, mas alguns de seus aliados têm dificuldades em confiar nele. Em particular, James Gordon não gosta da idéia de uma pessoa empunhando tanto poder. Sinestro vem como o vilão principal e arqui-inimigo de Bruce Wayne. Vale mais como curiosidade do que como uma grande história.


7º lugar: BATMAN PADRE (TERROR SAGRADO)

Pegue tudo que você ama sobre Batman. Sua natureza sombria, os dispositivos legais. Batman: Terror Sagrado é exatamente o contrário. Ele é ingênuo, gosta de cantar músicas gospel, ama Jesus e tal. Neste mundo, Batman cresce buscando consolo da morte de seus pais nos braços da igreja e acaba virando um padre. Depois de saber que seus pais foram mortos em um atentado, ele resolve usar uma fantasia de seu pai pra vinga-los.
A história mostra outros heróis DC como cobaias de experimentos científicos e o Super-Homem fazendo as vezes de Jesus. Após descobrir que foi o sistema, e não um homem, o responsável pela morte de seus pais, Bruce dedica-se à pregação de dia e a derrubar o Estado como Batman à noite, detonando criminosos e logo em seguida se desculpando por isso, chorando (talvez a coisa que ele mais faça no gibi).


6º lugar: BATMAN FRANKENSTEIN (O CASTELO DO MORCEGO)

Em O Castelo do Morcego, ambientada em 1800, Bruce Wayne tem, óbvio, seus pais assassinados na sua frente quando criança, mas agora é um cientista em vez de um Batman. Enquanto explora o depósito de órgãos da sua universidade, ele se depara com o cérebro de seu pai. Nesse universo, em vez de tentar lutar contra o crime pra vingar seus pais assassinados, Bruce dedicou sua vida à reanimação na tentativa de trazê-lo de volta à vida. Com a ajuda de seu servo corcunda, Alfredo, ele parte pra violação de túmulos pra montar um novo papai. Depois de cavar um monte de covas e conseguir as “peças”, ele usa o manjado raio no cadáver. Mas sua criação tem medo do escuro, então ele injeta DNA de morcego pra tentar corrigi-lo. Vai ajudar? Bom, pelo menos vão poder colocar as palavras "Batman" na capa. A explicação é que o monstro vai ter menos medo do escuro e se tornar uma criatura da noite. Bruce também veste seu pai com uma capa, capuz e roupa com o símbolo do morcego por que... vai saber.
O DNA morcego acaba fazendo seu pai virar um morcegão superforte, afinal o DNA morcego é mágico. Mesmo não podendo falar ou comunicar-se, este novo Batman é capaz de sair do castelo, rastrear e matar o bandoleiro que o assassinou há 15 anos, resolver crimes, salvar donzelas em perigo. No fim, o castelo de Wayne desmorona, e quando Batman corre pra salvar Bruce, morre. Antes de morrer, vemos um momento verdadeiramente emocionante onde o monstro consegue falar sua primeira e única palavra para Bruce: “Filho”.


5º lugar: BATMAN “FICTÍCIO” (GUARDIÃO DE HOLLYWOOD)

Essa história se passa em um universo basicamente como a nossa triste realidade, onde Batman só existe como um personagem fictício. Nos filmes, Bruce Wayne é interpretado pelo ator Byron Wyatt e Robin, pelo dublê e veterano de guerra Rob Davis. Mafiosos decidem querer lucrar com o filme do Batman, mas quando Byron se recusa a lhes dar qualquer coisa, toma um balaço na cabeça. Levar um tiro na cabeça acaba tendo dois efeitos colaterais inesperados sobre Byron. A bala não o mata, ficando alojada e, mais importante, o dano cerebral que se seguiu o faz pensar que ele é realmente o Batman, e de alguma forma, também o deixa com as capacidades físicas e mentais dele (??). Armado apenas com a formação de dublê e um arsenal de armas retiradas de um caminhão de suporte, Byronman começa a se balançar pelos telhados e a caçar criminosos, com sucesso! É o mesmo que Adam West correr ao redor de Nova York em seu traje dos anos 60...
O dano em Byron é tão forte que, mesmo quando apresentam provas de que ele não é o verdadeiro Batman, ele se recusa a acreditar que não é um super-herói, apesar do fato de que existem histórias em quadrinhos narrando sua vida.
Mesmo com todo o sucesso de combate ao crime e não morrer, porém, Byron sabe que ele precisa de ajuda, e ele vai pra encontrar o cara que interpreta Robin e convencê-lo a ajudá-lo a lutar contra o crime de Gotham City. Pra completar a doideira desse gibi insano, o herói de guerra condecorado que não sofreu nenhuma lesão grave na cabeça diz que sim e salta para o Batmóvel que Byron roubou do estúdio de cinema. Pra ser justo, Robin só vai com ele pra tentar mantê-lo vivo e tentar convencê-lo de que ele não é o maldito Batman. Porém, Robin é sequestrado (como todos Robins em todos os universos estão contratualmente obrigados a fazer) pelos mafiosos que ainda estão tentando matar Byron, ou tirar lucro do Batman ou... alguma coisa. Alguma coisa estúpida pra caralho.
Batman aparece pra salvar Robin, sem saber que o chefe da máfia colocou uma armadilha pra se livrar dele: uma apresentação de slides de sua vida. Byron reativa suas memórias e todos os mafiosos vão pra cadeia porque Batman filmou secretamente em 1940 com enormes câmeras enquanto eles confessavam todos os crimes que cometeram.


4º lugar: BATMAN COWBOY (A GUERRA DA SECESSÃO)
Ah, a fase de cowboy. O título original (The Blue, the Gray and the Bat) brinca com o nome do filme The Good, the Bad and the Ugly (O Bom, o Mau e o Feio, aqui no Brasil) e nos leva pros dias de cão da Guerra Civil. O Norte e o Sul guerreiam sem nenhuma definição do vencedor. O Presidente Lincoln fica sabendo de uma rica jazida de ouro não reclamada no território de Nevada. Esse ouro poderia revigorar a causa do Sul; Lincoln deve impedi-lo. Então, ele chama seu agente secreto mais extravagante, o coronel Bruce Wayne, que luta para a União como militar e como Batman. Este Bruce teve os pais assassinados? Não, esse aqui só pensou que se vestir como um morcego seria engraçado. Vejamos: a roupa do Batman é exclusivamente desenhada pra proteger o Batman, permitindo que ele use a escuridão como camuflagem e sua principal arma, o que faz dessa roupa de couro preto uma escolha inteligente pro combate ao crime no meio do deserto, banhado pelo sol escaldante.
"Sim, sou o Zorro nas horas vagas."

Pra manter sua identidade secreta, Bruce se disfarça como o vencedor de um concurso "O Bigode Mais Cafajeste". Ele cavalga pra Nevada com uma jovem atraente e sua tia feiosa. Em Nevada, Bruce encontra com Redbird (Robin), um nativo americano que fala embromation. Redbird na verdade é metade americano (sua mãe era branca), por isso não há razão pra ele não falar inglês comum, exceto a obrigação contratual de cada personagem nativo americano na mídia falar inglês ruim e terminar cada frase com "chefe".
"Meu cavalomóvel nããããoo..."
Um grupo de soldados franceses chega pra pegar o ouro e tudo o que a gente esperava de uma história do Batman fica de lado. As coisas ficam tediosas até que... alguém atira e mata o cavalo de Batman e ele perde a cabeça. Então foi assim... que Batman venceu a Guerra Civil? Uau. Isso realmente daria uma grande história num livro didático.


3º lugar: BATMAN VAMPIRO (BRUMA ESCARLATE)
Que orelhas grandes você tem.
Não foi gasto muito tempo em uma história de origem aqui. Nesse universo, Bruce Wayne começa como o Batman que conhecemos. Ele acorda uma manhã pra encontrar uma mulher mordendo-o no pescoço, e ela é uma vampira, e por razões inexplicáveis Bruce confia nela. Acontece que Tanya é uma vampira que veio a Gotham pra pedir a ajuda de Batman na luta contra Drácula, e de alguma forma, ela deu a Bruce toda a força de um vampiro e quase nenhum dos pontos fracos ou sede de sangue. Isso não faz o menor sentido de acordo com qualquer vampiro que eu conheça (o Blade nasceu com esses upgrades, não ganhou numa mordida), mas qualquer sentido que essa história quisesse ter é jogado pela janela quando Bruce ganha asas. Batman vai pra luta contra Drácula pela supremacia aérea e o bastão de melhor vampiro, onde ele dá um coro federal no Conde.
No meio da luta, Batman parou pra comprar mais 80 metros de capa.
Batman consegue matar Drácula, o que deveria encerrar toda a saga Batman-como-vampiro, mas prolonga-se por um tempo. Batman continua a crescer como um vampiro e ainda desenvolve o desejo de sangue que ele nunca deveria ter pra começar. A sede de sangue é tão forte que ele finalmente tem que matar alguém pra sobreviver. 
"droga, sua maquiagem ficou no meu rosto. Pareço uma garotaaaaa..."
"Não", ele grita, "apesar que esse foi ótimo, então vou continuar comendo bandidos", ele obviamente pensa. Agora que ele é um vampiro assassino, ele decide caçar e matar cruelmente cada vilão disponível. Pra se garantir no futuro, Batman ainda mata os prisioneiros trancados com segurança no Arkham, até porque todos nós sabemos que eles estão saindo em algum momento nos próximos 60 dias de qualquer maneira. 
"Sim, o monóculo me deixa classudo."
Obviamente algo precisava ser feito, então Alfred e o Comissário Gordon concordam em se juntar com o Duas-Caras e o Crocodilo pra formarem uma equipe Caça-Batman-Vampiro. A coisa toda não vai tão bem como eles queriam, e termina com Batman matando não apenas Duas-Caras e Crocodilo, mas também Alfred, que oferece seu sangue pra redimir-se por trair Bruce. Batman é atormentado com tanta culpa como se pode esperar de um vampiro que pede pra Gordon matá-lo, agora que Gotham está livre de todos os males, exceto ele. Concordando, Gordon explode a Batcaverna, deixando entrar a luz do sol e matando o Vampiro-Batman de vez. Mas pelo menos o Comissário Gordon vai viver pra lembrar este trágico... oh não, peraí, ele é esmagado por uma rocha gigante enquanto tentava escapar.


2º lugar: BATMAN PIRATA (O CORSÁRIO)
O Capitão Asas de Couro (Batman) é um pirata sob contrato com a coroa britânica pra invadir e saquear navios de inimigos da Inglaterra, especialmente da Espanha. Isso não é exatamente colocar Batman no lado certo da história, já que não nos lembramos do Império Britânico pela benevolência, justiça e humanitarismo. Com isso, o Batman corsário é um trapaceiro, como se Han Solo fizesse trabalhos freelance para o Império. O elenco de personagens inclui todos os manjados: Alfredo (Alfred), servo atrevido do Batman; Capitana Felina (Mulher-Gato) e Robin Lâmina Vermelha é um travesti. Ah, e é claro que o Coringa aparece como o pirata rival O Homem que Ri.
"Ei, meu rosto é mais pra cima..."
 Nós encontramos o Capitão Asas de Couro salvando a princesa das Ilhas Caimã de marinheiros brutos. Ele empresta um vestido à dama e, quando chega às ilhas, descobre que dar um vestido a uma mulher é o costume Caimã pra propor casamento. Porque, claro, a introdução de um casamento acidental pastelão no meio da história faz sentido total. Pra uma comédia dos anos 80. Enquanto isso, a equipe de Capitana Felina está no meio de um motim, porque alguém tem que fazer coisas que não estão relacionadas com casamento nesse gibi sobre piratas e Batman. O Capitão Homem que Ri entra em cena pra salvar Felina e propõe um plano pra descobrirem A Gruta Vespertílio (Batcaverna) e todas as suas riquezas. O risonho vai usar Felina pra seduzir Asas de Couro, tornando Coringa um cafetão, o que explica por que ele está vestido assim.
O navio de Asas, o Raposa Voadora, vem pra cima do galeão espanhol do Coringa. Ele vê uma condessa espanhola (Felina) que está andando na prancha em águas infestadas de tubarões. Felina cai, Asas de Couro vai atrás dela e, no momento mais fodão, dá uma voadora num tubarão.
O plano de Felina dá errado e ela acabou se apaixonando pelo Pirata Batman, porque, afinal de contas, ele é um Batman pirata, caramba. Felina já não quer saber do plano do Coringa e vai se casar com Batman. É quando a princesa noiva do casamento panaca do início da história aparece de novo. Felina está chateada (o que é compreensível), então pula fora do barco pra se juntar ao Coringa (menos compreensível).
Eu até podia explicar como fica resolvida a questão do triângulo amoroso, mas por que, se nem o gibi se importa com isso? A “esposa” do Batman nunca apareceu de novo e nunca explicou como a situação foi resolvida. Deve ser o costume Caimã para o divórcio.
Mas vamos pro confronto final com o Coringa. Enquanto nosso Batman nunca mataria ninguém intencionalmente, Asas de Couro é um grande fã de matar e acaba com o Homem que Ri.


1º lugar: BATMAN CONTRA JACK, O ESTRIPADOR (GOTHAM CITY 1889)

GOTHAM CITY 1889 mostra como seria o Batman se passando no final do século 19, e já começa com as cartas de Jack, o Estripador, o assassino que matava mulheres na Inglaterra daquela época, e com o Bruce Wayne contando a Sigmund Freud (ele mesmo) os sonhos que ele tem com a morte dos pais. Ainda rola uma alusão a Sherlock Holmes como um dos tutores de Wayne em suas viagens preparatórias pra se tornar o Batman. Seus pais morreram num assalto no meio da estrada, com o jovem Bruce vendo tudo, pra variar.


Esse Bruce vê sua Gotham City se tornar uma cidade violenta e decadente, e a situação piora quando descobrem que o Jack, o Estripador está na cidade, ao mesmo tempo que aparece um vigilante vestido de morcego. Batman decide solucionar o crime, mas muitos acham que ele é o estripador.
A coisa engrossa quando a navalha do criminoso aparece na Mansão Wayne, fazendo Bruce ser preso e condenado à forca. 
Poderia ser uma história mais trabalhada, com as reviravoltas costumeiras das histórias de detetives, mas o enredo rápido e rasteiro também fica legal e fácil de entender. O verdadeiro Jack não é tão difícil de descobrir e nem é tão ameaçador como se poderia esperar, tendo um desfecho não muito glorioso como merecia.

Tem mais alguma versão que você curte? O ninja, Houdini... tem mais algumas por aí, mas... ah, see ya later.

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