terça-feira, 4 de março de 2014

A SUPER MÁQUINA

Finalmente terminei de assistir a série. Quando era moleque nunca tinha visto um episódio sequer, mas os comerciais com um carro preto fazendo um monte de peripécias e ainda por cima que falava sempre me chamaram a atenção. A série é muito boa e, mesmo com referências e citações dos anos 80, não chega a ser datada. E o nerd aqui ficava todo feliz quando aparecia algum ator de Sexta-Feira 13. Fora o grande Isaac Bardavid (Wolverine, Freddy Krueger) fazendo a voz do carro KITT.


Knight Rider foi uma série produzida por Glenn A. Larson (que também fez outras séries como Galáctica, Duro na Queda e Magnum) e produzida pela Universal Studios. Iniciou em setembro de 1982 e encerrou em maio de 1986, totalizando 4 temporadas e 84 episódios produzidos.

A história desse carro falante começa com um atentado contra a vida do policial Michael Long, traído por sua parceira. Ele é oficialmente dado como morto, mas é salvo por Wilton Knight. Após uma cirurgia plástica Michael Long tinha um novo rosto (o do filho renegado de Wilton), uma nova identidade (Michael Knight) e uma nova missão na vida: lutar pela lei e pela justiça no incrível supercarro KITT (Knight Industries Two Thousand ou "Indústrias Knight 2000" em português). Preto e lustroso, o Pontiac Trans-Am era à prova de balas, podia correr a 300 km/h, saltar 15 metros e estava carregado com armas como lança-chamas, bombas de fumaça e detecção de infravermelho.

E o melhor de tudo: ele podia falar, e de fato tinha uma personalidade própria: rabugento, um pouco arrogante, mas totalmente protetor de Michael. Ele podia chamar o carro quando estava em apuros, que vinha até arrebentando paredes pra buscá-lo. Com eles estava Devon (Edward Mulhare), o responsável por programar as missões, Bonnie (Patricia McPherson), a mecânica de KITT e RC 3 (Peter Parros), um mecânico “das ruas” que entrou na equipe na 4ª temporada. A Fundação pela Lei e Governo também tinha sua base móvel, um enorme caminhão preto.


Embora o chamariz da série fosse o carro, muito do apelo do show foi devido ao protagonista David Hasselhoff, um ex-galã de novela (The Young and The Restless, issaí, a mesma que o Julius assiste). A jaqueta de couro, cabelo ondulado e estilo descontraído faziam as mulheres derreterem, praticamente todo episódio ele pegava alguém, inclusive em um deles ganha um selinho de uma garota de 15 anos – “Ah, se ela fosse 10 anos mais velha e 10 cm mais alta”.
KITT foi originalmente concebido por Michael Scheffe, que tem no currículo também o Delorean de De Volta para o Futuro. O display vermelho oscilante dos robôs de Galáctica (outra série do mesmo criador, Glenn A. Larson) foi reaproveitado para criar o “rosto” de KITT.

Os vilões eram os mais variados possíveis, mas dois apareceram em mais de 1 episódio e mereceram algum destaque:

Garth Knight, o “irmão gêmeo” de Michael Knight

Filho psicopata de Wilton que estava preso, seu rosto serviu de modelo para o novo rosto de Michael. Ele só apareceu duas vezes na 2ª temporada, nos episódios "Golias" e "A volta de Golias". Ele tinha um forte ódio por Michael e viu-o como um insulto à sua existência. Ele dirigia um caminhão fortemente blindado chamado Golias.


KARR, o “irmão gêmeo” de KITT
Sua característica principal é a luz amarela que fica passando na frente do carro, diferente da de KITT, que é vermelha, embora sejam praticamente idênticos. KARR apareceu duas vezes no seriado. Ele foi o primeiro projeto de Wilton Knight para desenvolver a mesma tarefa que o KITT faz, mas por um erro durante a instalação das diretivas, KARR teve como prioridade a autodefesa, diferente de KITT, que tem como princípio a defesa humana. Wilton não gostou do resultado e reprovou KARR. Ele ficou guardado no armazém das Indústrias Knight até ser roubado. Já no segundo episódio em que apareceu ele é encontrado enterrado na areia de uma praia. Sua dublagem no Brasil era uma das mais manjadas pra vilões na época: André Luiz "Chapéu", o Brutus do Popeye.


A série fez tanto sucesso no Brasil que o ator David Hasselhoff visitou o país numa ação da Universal com o SBT, que exibia o seriado pela Record, na época em que a emissora ainda pertencia ao Grupo Sílvio Santos. Ele foi entrevistado nas Cataratas do Iguaçu pelo programa Viva a Noite. Em 1991 a ator voltou a interpretar Michael Knight num especial para a TV, A Super Máquina 2000, que seria o piloto de uma nova série que não aconteceu.

Ainda vieram outras séries, mas nenhuma relacionada a esta nem com tanto sucesso quanto ela fez. Além dos tradicionais brinquedos, a série gerou alguns videogames, mas isso fica pra outra postagem.

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