sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

TOP TRIN: JOGOS DE LUTA-LIVRE

Há algum tempo voltei a acompanhar uma coisa que sou fã desde criança: luta-livre. Todas aquelas lutas ensaiadas, golpes mirabolantes e personagens esquisitões sempre me pareceram versões em carne e osso de personagens de gibis. Mesmo com meio mundo destestando a modalidade, o dobro de gente é fã e, mais do que óbvio, receberam de brinde muitos jogos de videogames. Simbora dar uma relembrada em alguns títulos que nos fizeram sentir um pouco do universo de grandalhões que usam máscaras, sungas ridículas e uniformes piores do que as roupas de bandas dos anos 80:


1983: TAG TEAM WRESTLING (Arcade)
Representação dos primeiros games de wrestling, provavelmente "Tag Team" seja o primeiro título do gênero. Saiu também com o nome "The Pro Wrestling Big" e contava com lutas de duplas e  batalhas fora do ringue.


1987: PRO WRESTLING (NES)
Classificado entre os maiores jogos do gênero, "Pro Wrestling" permitia aos jogadores escolher lutadores com diferentes personalidades e movimentos especiais. Alguns famosos não aparecem, como Ric Flair ou Abdullah the Butcher, mas o jogo tem alguns parecidos, como King Slender e Amazon. Os fãs continuam jogando esse título até hoje.


1989: WWE WRESTLEMANIA (NES)
"HULK RASGA"
O primeiro jogo oficialmente licenciado pela WWE estreou no NES e contou com superastros de 8 bits que pareciam com Andre "O Gigante" e Hulk Hogan.


1989: WWE SUPERSTARS (Arcade)
Esse jogo foi o primeiro a se vangloriar de personagens que pareciam e se moviam como os astros da vida real. Ele também contava com algumas aparições de Ted DiBiase, Andre "O Gigante" e "Macho Man" Randy Savage.


1991: WWE WRESTLEFEST (Arcade)
Esse foi muito popular na época, com gráficos impressionantes, um sistema de luta revolucionário e o primeiro modo Royal Rumble, onde 4 jogadores saíam na mão ao mesmo tempo. Mas era difícil pacas, fazendo o pessoal gastar um quilo de fichas pra salvar.


1992: WWE SUPER WRESTLEMANIA (SNES, Sega Genesis)
A versão Sega deu a cada um dos 8 lutadores movimentos especiais e os jogadores podiam competir no modo "Championship", através de uma série de lutas um-contra-um. O do SNES não tinha esses recursos, mas os jogadores podiam usar 10 astros, incluindo Road Warrior Hawk e Road Warrior Animal.


1994: SATURDAY NIGHT SLAM MASTERS (Arcade, Sega Genesis, SNES)
Ao contrário de outros jogos de luta-livre do SNES, "Slam Masters" usa lutadores de ficção, embora alguns deles se pareçam com wresters populares dos anos 80 e 90. Por causa da falta de lutadores da vida real, ele foi esquecido por muitos donos de SNES, o que é uma pena, pois é muito divertido, apesar de Biff (que eu detestava e chamava carinhosamente de "Mula Loira"). Também é legal lembrar que nele um dos personagens que você podia usar era o Haggar, de "Final Fight".


1994: WWE RAW (SNES, Sega Genesis, 32X, Game Gear, Game Boy)
O primeiro jogo que aumentou o repertório de golpes dos lutadores. Ele também diferenciava os personagens de acordo com a velocidade, força, resistência e peso. Boa notícia pros fãs do Yokozuna...


1995: WWE WRESTLEMANIA: THE ARCADE GAME (Arcade, SNES, Sega Genesis, 32X, Sega Saturn, PlayStation, PC)
O arcade que pegou seus astros preferidos e os jogou no modo "Mortal Kombat". Movimentos de luta reais pegaram carona nos ataques à distância, como os espíritos que voam do Undertaker e os choques do palhaço Doink.


1996: POWER MOVE PRO WRESTLING (PlayStation, Sega Saturn)
Primeiro jogo de wrestling em 3-D, "Power Move" permite aos jogadores se movimentar em todas as direções (e não apenas pra cima, baixo, esquerda e direita). Ele também foi o primeiro jogo de wrestling para o público ocidental desenvolvido pela japonesa Yuke, a empresa responsável pela franquia "SmackDown vs Raw", que os fãs adoram hoje.


1998: WWE WAR ZONE (PlayStation, Nintendo 64, Game Boy)
Quebrando o chão mais do que o Big Show durante exercícios de relaxamento, "War Zone" trouxe pela primeira vez o modo "Create-A-Wrestler", que permite aos jogadores fazerem seus campeões do zero.


2000: WWE SMACKDOWN (PlayStation)
O primeiro jogo do novo milênio (bom, quase) marcou o início da parceira entre as empresas THQ e Yuke. O jogo estreou um modo de temporada, o que incentivou os jogadores a jogar através de uma história.


2000: ECW HARDCORE REVOLUTION (PlayStation, Nintendo 64, Dreamcast)
A Acclaim pegou um de seus jogos mais antigos e mais esquecíveis de wrestling, "Attitude WWE", e deu uma nova camada de tinta nele. Não era bom, mas foi notável por ser o primeiro do gênero com classificação para adultos.


2000: WWE NO MERCY (Nintendo 64)
As divas finalmente foram introduzidas no modo "Create-A-Wrestler". "No Mercy" distinguiu-se ainda mais com armas, permitindo que os jogadores troquem objetos com a multidão e causem danos com projéteis. O que realmente esse jogo tinha de revolucionário era seu modo "Story", que variava de acordo com o resultado das partidas.


2002: WWE SMACKDOWN SHUT YOUR MOUTH (PlayStation 2)
Os universos SmackDown e Raw se juntaram em "Shut Your Mouth". Sua mudança mais significativa foi o estilo mais realista e estratégico de ação.


2003: WWE SMACKDOWN HERE COMES THE PAIN (PlayStation 2)
Os golpes foram revolucionados com a nova abordagem "dor" aos personagens, o que exigiu aos jogadores bater em partes específicas do corpo pra causar dano máximo. Além do mais, lendas como Roddy Piper, Snuka Jimmy e Sgt. Slaughter podiam ser usados.


2004: WWE SMACKDOWN vs RAW (PlayStation 2)
Primeiro jogo de wrestling on-line, "SmackDown vs Raw" permitia jogadores ao redor do mundo competirem em torneios simples. Além disso, o modo "Carreira" finalmente trocou as legendas irritantes pelas dublagens.


2007: WWE SMACKDOWN vs RAW 2007 (PlayStation 2, PSP,  Xbox 360)
O primeiro a aparecer na sétima geração de games, especificamente o Xbox 360, "SvR2007" tinha grandes gráficos e um sistema de luta evoluído, que trouxe movimentos para o analógico direito ao invés dos botões.


2008: WWE SMACKDOWN vs RAW 2008 (PlayStation 3, PlayStation 2, PSP, Nintendo Wii, Nintendo DS, Xbox 360)
Aproveitando o ano anterior, a edição de 2008 teve o sistema analógico melhorado. A soma do pessoal do ECW com os do Raw e SmackDown trouxe caras novas e um monte de armas pra usar no ringue. Além disso, o modo "WWE 24/7" mergulhava os jogadores como nunca na vida dos astros.


2009: WWE SMACKDOWN vs RAW 2009 (PlayStation 3, PlayStation 2, PSP, Nintendo Wii, Nintendo DS, Xbox 360)
2009 foi o ano das equipes de dupla. Destaque por trazer de volta as lutas em dupla e introduzir o modo de história co-op, esse jogo resgatou um pouco do gosto de arcade antigo, ficando mais divertido de jogar com os amigos. Outro recurso que estreava era o "Create-A-Finisher", onde criávamos um golpe.


2010: WWE SMACKDOWN vs RAW 2010 (PlayStation 3, PlayStation 2, PSP, Nintendo Wii, Nintendo DS, Xbox 360)
"SvR2010" marcou o início de um novo sistema de criação, o "WWE History Designer", modo que permitia aos jogadores criarem o roteiro de suas próprias histórias para Raw e SmackDown, um sonho tornado realidade para os fãs do universo WWE.


2011: WWE SMACKDOWN vs RAW 2011 (PlayStation 3, PlayStation 2, PSP, Nintendo Wii, Nintendo DS, Xbox 360)
Além da inclusão de mais de 70 astros e divas, a edição de 2011 introduziu um novo sistema que garantiu o uso realista de objetos nas partidas. Os jogadores agora podiam utilizar armas escondidas sob o ringue e os adversários podiam ser lançados através de uma parede.

2011: WWE ALL STARS (PlayStation 3, PlayStation 2, PSP, Nintendo Wii, Xbox 360)
Também em 2011, a THQ presenteou os jogadores com um jogo bem animado. Trazendo pro ringue da WWE o que "NBA Jam" trouxe pra quadra de basquete, as provocações ao adversário, "All Stars" foi um grande sucesso entre fãs de todas as idades. Com uma mistura legal de astros do presente e os lendários, foi um jogo de luta perfeito pra toda a família.


2012: WWE '12 (PlayStation 3, Nintendo Wii, Xbox 360)
Prometendo uma experiência de jogo melhor do que nunca, "WWE '12" tinha animações mais realistas e inteligência artificial melhorada. Também contou com o modo "WWE Universe", permitindo aos jogadores determinar o destino dos astros da WWE com histórias, alianças e rivalidades montadas por eles mesmos.

A partir de 2012, os jogos não tiveram tantas diferenças de um pro outro, apenas reciclando a lista de lutadores. Então, por hoje é só, p-p-pessoal. Mas minhas homenagens ao universo da luta-livre não param por aqui. Futuramente vocês terão o prazer (ou desprazer) de verem esses bombados mal-vestidos por aqui de novo. See ya later...

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

DOSSIÊ SEXTA-FEIRA 13 - TERCEIRA FATIA

Olá, olá, olá entrincheirados. Com a proximidade de uma sexta-feira 13, volto com mais uma postagem sobre o mascarado mais famoso do cinema. Se não viu as outras, clique aqui e aqui. Nesta veremos um dos piores filmes da franquia e outro que (pra mim) é o melhor de todos. Comecemos pela parte ruim...
Como a Parte 4 recebeu o subtítulo de "Capítulo Final", menos de um ano depois os produtores vieram com "Sexta-Feira 13 - Um Novo Começo". Corey Feldman não participou desse filme porque estava envolvido com as filmagens de "Os Goonies", por isso ele só aparece num sonho no início do filme.
Tommy Jarvis fica xarope após matar Jason no filme anterior e, agora com uns 20 anos, é enviado a um centro de tratamento mental nas proximidades de Crystal Lake (???). Se tivesse cara de clínica tudo bem, mas parece só mais um acampamento, onde os malucos residentes podem fazer tudo o que quiserem.
O Tommy mais insosso da série. Não parece o Tom Cruise?
O médico até deixou um rapaz furioso usar um machado pra cortar lenha, talvez pra extravasar sua raiva, mas ele faz isso no gordo chato do filme.
A polícia aparece, recolhe os restos, prendem o louco e tudo volta ao normal, até que Jason aparece pelas redondezas, usando uma máscara com detalhes azuis, dando a entender que não é o assassino imortal, apenas um sósia.
Aí começa um desfile de personagens inúteis que apenas fazem o favor de morrer. Usou drogas? Já era. Transou? Caixão. Olhou alguém transar? Morreu. Pensou em transar? Vixi. Saiu pra cagar? Morre também, todos com seus 2 minutos de fama antes de empacotar.
Pois é, Demon, cagada foi passar pelo banheiro desse filme.
A turminha do hospício/fazenda também vai sendo eliminada, mas as sequências de mortes são tão frequentes que não existe suspense. A xaropinha Tina (cuja atriz tem o sobrenome Voorhees na vida real) tem a melhor morte do filme e também... urrúúú... os melhores peitos da série toda.

Debi Sue Voorhees em todo seu esplendor...

...até ser obrigada a fazer cosplay do Ciclope.

Mas seu namoradinho ficou com inveja e quis fazer igual.
Tommy tem visões do Jason em todo lugar. Será que ele é o assassino?? O que é certo é que não é preciso nenhum esforço pra mandar pro buraco um punhado de adolescentes que estão dispersos por uma casa enorme.
Violet é a coisa mais fofa do filme e sua dancinha do robô é inesquecível.
No final, os sobreviventes, incluindo Tommy, enfrentam o tal Jason, que tem sua identidade revelada após sua morte.
Só podia ser Roy, um dos únicos figurantes que ainda não havia morrido.
Era um dos paramédicos que recolhem os restos do gordo chato do início do filme (seu filho), que acaba se vestindo de Jason pra se vingar da morte do pimpolho. Uma cena involuntariamente divertida é quando o xerife, explicando os motivos do paramédico Roy, mostra um recorte de jornal que tem uma foto do Jason. MAS QUEM TIROU AQUELA FOTO E SOBREVIVEU PRA CONTAR A HISTÓRIA???
Talvez tenha sido tirada com lentes telescópicas.
Tem mais: Tommy mata a sobrevivente Pam no hospital, mas era só um sonho do rapaz perturbado. Após isso, Pam entra no quarto e encontra a janela quebrada. Atrás dela, Tommy com a máscara do Jason e uma faca na mão. Outro sonho? Bom, o filme termina aí, mas nenhuma menção a esse final até que legal é feita no filme seguinte.

Agora sim, o melhor de todos. Jason finalmente aparece como um zumbi, muito mais ameaçador e mortal. A ruindade da Parte 5 alertou os produtores, que deixaram de levar a série tão a sério e fizeram "Sexta-Feira 13 Parte 6 - Jason Vive" em clima de paródia. Retiraram toda aquela parada de esconder o assassino até o final, tentando criar um clima de suspense que nunca dava certo. E não é que deu certo?
Lembram dele em "A Volta dos Mortos-Vivos"?
Tommy dá uma escapadinha de alguma clínica com um amigo pra incinerar o corpo de Jason. Só no primeiro minuto ele já diz mais frases do que o Tommy da Parte 4 no filme todo. A idéia de Tommy é meio de jerico: não tinha por que fazer isso, já que ele matou Jason quando garoto na Parte 4 e agora ele é um adulto. Então Jason estava "morto e enterrado" há quase 20 anos. Enfim, a dupla desenterra Jason, mas Tommy tem um surto de raiva e crava uma lança no peito do defunto.
Grande idéia, Tommy...
Um relâmpago atinge a lança e ressuscita o psicopata, que mata o amigo de Tommy com um soco no peito. Tommy foge e em seguida temos uma das várias piadinhas do filme: os créditos iniciais imitam a clássica abertura da série 007.
Tommy chega à delegacia, mas o xerife não acredita em sua história. A comunidade quer esquecer o reinado de terror de Jason, trocando até mesmo o nome do lugar de Cristal Lake para Forrest Green. Acontece que Jason não está nem aí pra isso e segue para a colônia de férias pra fazer o que faz de melhor.
Isso ele já faz logo de início, onde ele está parado no meio da estrada com uma lança nas mãos. Um casal está num Fusquinha e a mulher diz: "Já vi muito filme de terror. Sei que um louco de máscara não é legal.".
Jason vai te dar o troco por ter matado o Patrick Swayze em "Ghost".
Jason já começa a trabalhar sem aquela frescura de o esconderem até o fim do filme. Aqui ele se torna o verdadeiro personagem principal do filme. Ao chegar ao acampamento, finalmente vemos um cheio de crianças.
"Vamos ser trucidados nesse fim de semana??" - "Yeeeeessss..."
Só que Jason prefere matar os monitores do que os pequenos pentelhos. Tommy foge da cadeia com a ajuda da filha do xerife e a dupla vai atrás do monstrão. Pela primeira vez na série a polícia finalmente entra em ação. Mas isso não faz muita diferença, já que todos são despachados depois de gastar inutilmente sua balas no mascarado.
Com mortes legais, bom ritmo, ótimas piadas e trilha sonora do dinossauro Alice Cooper, a Parte 6 tem um dos melhores roteiros de toda a série, pois nunca se leva a sério.
Vai uma mãozinha?
Ele também deixa de lado a idéia de que todos os figurantes devem morrer e os monitores não são os mesmos de sempre. Por exemplo, não temos o casal que transa o tempo todo ou o bobão que corre atrás da gostosa.
Jason cura os problemas de coluna do Xerife Garris.
Por falar nisso, um defeito do filme é que NENHUMA TETA aparece no filme. Tirando essa falha imperdoável, está entre os preferidos de qualquer fã da série. Depois dele o nível voltou ao normal, com filmes de mais ou menos pra ruins, com uma ou outra morte legal. Mas isso é assunto pra outra postagem. See ya later e Feliz Sexta-Feira 13...