sexta-feira, 3 de abril de 2015

MINIATURAS "CONTOS URBANOS"

Como todo bom nerd, você deve gostar de miniaturas, certo? Super-heróis, personagens de filmes, de seriados... e se produzissem miniaturas de personagens folclóricos brasileiros?

Pois um projeto independente da "SpecToys" tá fazendo isso. A série Contos Urbanos conta com algumas miniaturas limitadas bem produzidas, pra jogos de tabuleiro ou somente pra colecionar. Por ser independente, o projeto conta com a colaboração, através da compra das miniaturas pra que a produção aumente.

Confira aqui as peças disponíveis. Tem até peças "exclusivas":

A lenda pernambucana da Cabra Cabriola conta que ela era uma cabra alimentada com carne humana. Foi sacrificada e depois revivida por rituais de magia negra, passando a andar em 2 pernas e podendo contar até 4 (ou não percebeu a diferença de "mãos" e "pés"?). Atacava quem andasse pelas ruas desertas nas noites de sexta. Mas o pior era que a Cabriola entrava nas casas pelo telhado ou porta, à procura de meninos malcriados e travessos.


Em 1996 três mulheres afirmaram ter visto um extra-terrestre agachado junto a um muro de um terreno baldio. Segundo a descrição, o alienígena tinha pele marrom, veias saltadas, olhos vermelhos enormes e a cabeça grande com três protuberâncias. Parecia com medo ou ferido. Ufólogos afirmam que a criatura foi capturada pelas autoridades, atendida em dois hospitais e, após morrer, foi levada pra autópsia em Campinas. As autoridades negaram tudo, claro, mas a história se espalhou rapidamente pelo país através da mídia.


Loira do banheiro, menina do algodão, big loira. Essa lenda urbana ocorre, com modificações, em todas as regiões do Brasil. Algumas vezes é uma adulta, outras vezes, uma adolescente. Entre os caminhoneiros, surge nos banheiros de estrada, de costas, corpo perfeito, belas pernas. Mas, ao se virar, causa espanto com o rosto sangrento. Acredita-se que seja possível invocá-la. Pra isso, basta apertar a descarga por três vezes seguidas ou chutar, com força, o vaso sanitário. Então, ela aparecerá, pronta pra atacar a primeira pessoa que entrar no banheiro.


Os habitantes da Amazônia contam que dentro da floresta vive o Mapinguari, um gigante com um olho na testa e a boca no umbigo. Pra uns, ele é coberto de pelos; pra outros, sua pele é igual a couro de jacaré. O Mapinguari emite gritos semelhantes aos dados pelos caçadores. Se alguém responder, ele logo vai ao encontro do desavisado, que acaba perdendo a vida. A criatura é selvagem e não teme caçadores porque é capaz de dilatar o aço quando sopra no cano da espingarda. Dizem que ele só foge quando vê um bicho-preguiça. Então, quando for caçar na Amazônia, leve também sua fantasia de bicho-preguiça.


Nos anos 90 houve uma investigação em São Paulo sobre um suposto bando, formado por um negro fantasiado de palhaço e uma loira com roupa de bailarina. Eles atraíam crianças com balas e doces e depois as jogavam em uma Kombi branca, sumindo em seguida. Passados alguns dias, a criança raptada era encontrada sem os órgãos. No fim, tudo não passava de boato. Mas a história entrou no imaginário popular.


Outras figuras da série são:



Esse ex-sacerdote caçador de criaturas sobrenaturais que é a cara do Zé do Caixão.


Tem também o Baiacu Sereia, personagem do filme nacional "Mar Negro".


Gostou? Aqui nesse link você encontra maiores informações do pessoal da SpecToys. See ya later...










quinta-feira, 2 de abril de 2015

TOP TRIN: MERCHANDISING SEM-NOÇÃO


Os filmes podem fazer um monte de dinheiro com os direitos de merchandising, e falo de muuuuuuito dinheiro. Portanto, não é de estranhar que existe tudo quanto é produto nos States relacionados aos personagens. Mas não quer dizer que todos são legais, alguns abusam da boa vontade e da falta de "simancol". Que nem esses:


6º LUGAR: O JOGO "OPERAÇÃO" DO HOMEM-ARANHA, QUE FAZ VOCÊ RETALHAR SEU HERÓI
Oi garotada, quais de vocês já quis arrancar as entranhas do Homem-Aranha? S-sério?? Caramba, o que que há com vocês?

Bom, acho que isso aqui é melhor do que "brincar" com os gatos da vizinhança, então lá vai...
Homem-Aranha, Homem-Aranha, nunca bate, só apanha (literalmente)
O jogo é a mesma coisa que o clássico "Operação", com a diferença que na mesa de operação temos nosso Amigão da Vizinhança. Todos os trocadilhos relacionados à cirurgia estão lá, mas em vez de "água no joelho", o Homem-Aranha tem os seus relacionados a aranhas, isso pra não dizer nada da peça em forma de testículo que você está convidado a retirar da sua virilha.

Outra coisa é que o jogo claramente não é destinado a crianças, apenas a torturar o Aranha. Basta olhar pro desenho da caixa, que apresenta um Cabeça de Teia agredido e drogado prestes a ser "examinado" pelo Doctor Octopus.
"Aaaaaiii, minha cabeça..."
Ou o artista nunca leu um gibi da Marvel e supôs que o "Dr." Octopus é um médico mesmo, ou a premissa do jogo é que você assume o papel do arqui-inimigo do Homem-Aranha e seu objetivo é remover seus órgãos um por um. Ou talvez o jogo inteiro é uma grande armadilha pra procurar jovens supervilões.
"Senta e roda, seu blogueiro de merda..."
Pais: se seu filho faz monólogos imensos com frequência, se eles se referem a seu quarto como um "covil" ou se eles pensam em ter um bigode sinistro, talvez dar uma caixa de "Operação Homem-Aranha" no Natal confirme suas suspeitas antes de enviá-los pra Creche Arkham.


5º LUGAR: A PEQUENA SEREIA TRAI O REINO PRA FAZER SEU JANTAR MAIS FELIZ
"A Pequena Sereia" é de 1989, e a Disney passou décadas explorando seu marketing. Dá pra entender, é o que se faz com uma mina de dinheiro. Mas  em 2006 a Disney fez uma parceria com a empresa alimentícia American Pride Seafoods, pra dar ao mundo a marca "A Pequena Sereia" de... nuggets de peixe.
Tem algum no formato da Ariel?
Se você não vê problemas, imagine comer um bife suculento com o Bambi impresso na capa. Ariel e seus amigos peixes aparecem na caixa como um lembrete pras crianças de que a sua refeição vem à custa da vida de seus personagens favoritos. Há até mesmo um "Pacote Família" disponível, embora a caixa não deixe claro se a família em questão é a sua ou a dos cadáveres da esposa e filhos do Sebastian.
Dá uma olhada na Ariel e no Rei Tritão sorrindo e dançando ao redor desse prato com seus leais súditos, cujos cadáveres foram esculpidos e empanados para o seu consumo. É como se todo o seu modelo de negócio fosse atrair habitantes do mar para o seu reino, apenas pra vendê-los como alimento para os seres humanos do mundo acima. E por que você está tão feliz com a imagem, Linguado? Você também é um peixe, fica esperto...


4º LUGAR: O JOGO DO ROGER RABBIT QUE CONTÉM GENOCÍDIO
Lembra da cena em "Uma Cilada Para Roger Rabbit" quando o juiz Doom demonstra seu plano pra exterminar os personagens de desenhos animados, baixando lentamente um sapato desesperado em um tanque de ácido? Lembra do olhar de terror em seu rosto quando ele morre? Ah, você lembra sim. É o momento em que sua inocência morreu também. Mas no caso de você não querer se lembrar, lá vai:
NÃO OLHE PRO OUTRO LADO.
Como vender algo tão terrível e assustador como aquela cena? Fácil: lançando um jogo chamado "Uma Cilada Para Roger Rabbit: Arremesso no Ácido". O jogo em que você joga como o vilão e tentar assassinar tantos amados personagens de desenhos animados quanto puder.
Um jogador assume o controle de uma alavanca em forma de Doom e arremessa os protagonistas do filme para mortes horríveis. O outro assume o controle de uma alavanca Eddie Valiant e tenta desesperadamente - e falha - salvar seus amigos. Em seguida os jogadores trocam, assim todo mundo fica um turno como o louco assassino!! Toda essa alegria é resumida perfeitamente no slogan "A ação é rápida - apenas mire e jogue... acerte todos os desenhos no ácido".
Isso é um baita de um incentivo ao assassinato em massa, Disney. Nem a Universal fez um jogo "A Lista de Schindler" com o slogan "Use todo o seu poder, use todo o seu poder... mande todos os judeus pro chuveiro".


3º LUGAR: O ENFEITE DE NATAL DE "JORNADA NAS ESTRELAS" QUE CELEBRA O MOMENTO MAIS TRISTE DA SÉRIE
Na Comic Con de 2014 saiu um novo item de "Jornada nas Estrelas": um enfeite de Natal que recria a famosa cena em que Spock morre lentamente de envenenamento por radiação.
Urânio vendido separadamente.
Isso podia ser qualquer coisa, mas um enfeite de árvore de Natal? Cadê a neve então, pelo menos? Aqui só temos uma grande tragédia pra balançar na árvore. Feliz Natal, fãs do Spock.
Quando você balança, Kirk canta "Jingle Bells". (é brincadeira, viu?)
Você realmente acha que era apropriado lembrar aos fãs (no dia de Natal) o que é sentir-se impotente enquanto um homem bom lentamente sucumbe a uma morte agonizante?


2º LUGAR: A ADAPTAÇÃO EM QUADRINHOS DE "CANTANDO NA CHUVA" QUE NÃO INCLUI NENHUM CANTO OU DANÇA
Canto e dança nunca foram coisas que atraíram os nerds de quadrinhos. Então, vai saber o que deu na cabeça da equipe que foi ao escritório do chefe lá em 1952 e sugeriu, através de uma névoa de fumaça de charuto, a adaptação em quadrinhos de "Cantando na Chuva".
O astro Gene Kelly ganhou prêmios por sua música e coreografia, coisas que não se encaixam no ramo silencioso de textos no topo de imagens estáticas. Assim, como você faz uma adaptação em quadrinhos de "Cantando na Chuva" sem qualquer música? Simples: você não coloca. Tira todas as músicas e corta a história até que a trama básica vire um gibi de 12 páginas. 12 páginas!!! A gente consegue escrever coisas mais longas falando sobre espinhas.
Acredite: não tem nem a cena do guarda-chuva.
Lembre também que, ao contrário de muitos musicais em que o canto não influi na trama, os elementos musicais de "Cantando na Chuva" eram o principal. É a história de uma mulher com uma voz de canto inferior e que tem que ser dublada por outra cantora mais afinada.
Isso pra não falar da péssima impressão da revista, que transformou Gene Kelly e Debbie Reynolds em Vincent Price e um manequim de loja de roupas.


1º LUGAR: O ACESSÓRIO MAIS DESNECESSÁRIO DO SUPER-HOMEM
A não ser que esteja nas mãos de um escritor muito habilidoso, o Super-Homem pode ser bem chato. Isso porque ele tem tudo quanto é superpoder - de super-ventriloquismo até jogar o logotipo de seu peito como um projétil, não há nenhum problema que ele não possa resolver através de seu poço sem fundo de poderes, alguns que até mesmo ele nem sabia que tinha.
Pra que tudo isso quando você pode jogar dinheiro fora sem problema?
Isso vira um problema pros fabricantes de brinquedos que  tentam vender uma linha do Super-Homem. Eles não podem comercializar aquele monte de acessórios porque o Super-Homem NÃO PRECISA de nenhum acessório. Dar ao Super-Homem um exoesqueleto é como dar pra ele uma scooter - ele não tem a menor necessidade de qualquer um. Felizmente o pessoal da Kenner ouviu essas preocupações e disse: "Sim, mas e se a gente desse pra ele os dois?".

Eis o Justice Jogger do Super-Homem:
Pegue o super-herói mais poderoso do mundo e o coloque numa máquina que foi vencida por Ewoks.
O Justice Jogger era uma máquina de andar pro Super-Homem que prometia "ação de passos poderosos", como se o Super-Homem fosse incapaz de fazer isso sozinho.
[Favor não colocar nenhuma piada sobre Christopher Reeve aqui]
É um acessório que faria sentido pro Professor Xavier, mas nem tanto pra um super-herói que não só não é inútil, mas que podemos até chamar de... Super-Útil? É como dar pro Flash uma Ferrari - no mínimo, só iria atrasar o herói vários anos-luz. Ver o Super-Homem usar uma cadeira de rodas robótica faz com que pareça que ele terminou com Lois Lane e desistiu da vida.
"Por que se preocupar, Mulher Maravilha? Você vai me deixar como ela fez."
Óraiti, pessoal. Aquele que não concordou com pelo menos 1 dessas quinquilharias que atire a primeira pedra. Ow, peraí, só uma, só u... See ya later...